Só porque hoje é o último dia do ano.E uma sensação desconhecida me contagiou. Onde eu realmente acredito que tudo vai ficar bem.Que o próximo ano, que também passará num piscar do olhos, poderá ser melhor. Sim, uma crença, uma força de vontade, que realmente não me pertence. Talvez, as minhas lágrimas, todas, derramadas durante esse ano todo,que querendo ou não já foi. Talvez, elas me fizeram mais fortes, assim como todos os momentos feliz que vivi, todas as pessoas que graças à Deus, me encontraram em uma esquina qualquer, e agora, se mudaram com todas a bagagem para um canto do meu coração. Ou quem sabe, não o ocupou totalmente, talvez, até roubando-o de mim. Mas, que diferença faz, quando você ganha outro também? Agora, exatamente agora, você se lembra do início deste ano, que se finda. Consegue se lembrar de como tudo começou? Onde estava, quando respirou pela primeira vez este ano? Consegue se lembrar de todos os fracassos que jurou que esqueceria? De todos os tombos que caiu, ou que propositalmente te derrubaram? Se lembra dos sorrisos que te roubaram? Dos sonhos que escreveu? Dos planos que mirabolou? Não, a gente não fez tudo o que quis. Não cumprimos nossas promessas, como emagrecer, quatro quilos, ou beijar o Taylor Lautner. Mas agora isso não tem importância alguma, porque você conseguiu mais uma vez, mais um ano, se recuperar dos fracassos, alguém te deu a mão, e você aprendeu a se levantar. Você enxugou as lágrimas, e retocou o lápis borrado. Você deixou que as lembranças que até então te faziam chorar, e colocavam um sorriso nostálgico no rosto, irem embora. Você se livrou da falsidade, e jogou mais rápido do que nunca "amizades" no lixo, mais próximo. Abraçou forte seus amigos de verdade. Enfrentou os apuros,e no fim estudar quatro horas por dia, valeu a pena. Sim, valeu. Valeu a pena chorar por alguém que quebrou seu coração, porque depois encontrou alguém que te ajudou a colar cada caquinho. E você nem precisou pedir. Valeu os medos, e a insegurança, olha só pra você agora, olhe pra mim, dizendo que tudo vai ficar bem. Pois é, mais uma vez, conseguimos. E agora, mais do que nunca, você está pronta mais uma vez. Você está pronta, pra novas experiências, novos medos, novas lágrimas, novas surpresas, novas pessoas, novos abraços nas mesmas pessoas, novos sorrisos, novas aventuras, novos caminhos. Você está pronta para novos 365 dias. Novinhos em folha.
sexta-feira, dezembro 31, 2010
terça-feira, dezembro 21, 2010
Não há um título certo, quando são muitos os sentimentos.
Me pergunto porque algumas vezes as pessoas sofrem. Por que choram sem uma razão certa ? Por que se desesperam antes de saber da suposta má notícia? Por que eu me encaixo neste grupo de pessoas ? Simplesmente porque quanto me afetam eu não digo nada. Acredito que é melhor o silêncio, a uma discussão turbulenta, alta e que vou sair mais machucada. Mas o silêncio nem sempre é tão bom assim. Você acaba se fechando demais, e qualquer pressentimento você se cala. Não diz nada. Xinga tudo mundo, mas baixinho. E acaba resultando em palavras.E lágrimas. No meu caso.
Eu particularmente, não me entendo. Não entendo algumas pessoas. E também não quero. E critico aqueles que dizem que ninguém é obrigado a fazer nada que não quer. Digo, sim é. Todo mundo é. Pelo menos eu sou. Sou obrigada a ficar aqui. Sou obrigada a não fazer aquilo que meus pensamentos imploram. E minhas vontades sempre são ignoradas, e acabam por se tornarem recordações. Simplesmente, as pessoas sofrem antes do tempo, por serem negativas. E esse tipo de sensação não atrai coisas negativas. Pelo menos pra mim. Quando eu realmente acredito que amanhã vai acontecer do jeito planejado, as simplesmente não acontecem. E quando eu menos espero, quando já desacreditei, elas fluem. Então acho que o melhor mesmo, talvez seja, não planejar nada. E estar preparada para o pior. Que no fim, talvez nem seja tão pior assim.
Ou você pode optar por fazer o que quiser. E causar inveja em mim. Você aniquilar todas as suas regras. Não temer a nada.Você não precisa estar aqui, você pode escolher estar com ele, agora, e não se importar com o que vem depois. Como dizia meu amigo Nietzsche, " às vezes construir uma casa sobre um plano não muito seguro, vale a pena, pelo simples fato de se ter uma bela vista". Eu, infelizmente, não confio muito. Digo, infelizmente.
terça-feira, dezembro 14, 2010
O que muitos não sabem, e o que a poucos interessam.
E mais um dia o sol me cumprimentou, com um nostálgico bom dia, mesmo sendo quase boa tarde. E não sei o que eu realmente devo dizer, se é que devo dizer alguma coisa. Sempre que me arrisco em dizer alguma coisa que penso, a reação das pessoas me assusta.Então os meus comentários e opiniões ficam em silêncio. E acabam tornando-se inúmeros parágrafos sem sentido. São as músicas que ouço à uma altura regular, que se quiser dá pra ouvir. O problema é que quase todas são em inglês, o que dificulta o entendimento. E quase ninguém se preocupa em saber o verdadeiro significado. Pra falar a verdade, essa mania de saber o verdadeiro lado das coisas, não importa muito. Para ninguém. É mais fácil dizer o que pensa. Falar o que tem em mente. Julgar aparências. E abrir feridas que nunca cicatrizam. As minhas são desse tipo. A parte boa, é que existem momentos do meu dia que não as sinto. Encontro coisas melhores para fazer. ocupam minha mente, e acabam por estancar meu sangue, mesmo que por mínimos segundos. Faz toda a diferença.
Outro dia , me disseram que vivo em outro mundo que não pertence ao de todo mundo.Sim, eu vivo. Pelo menos tento. Mas quase todo dia sou obrigada a vir à este de todo mundo. Eu tenho coisas pra acertar aqui. Infelizmente. Volto o mais rápido que posso para o meu. Lá eu tenho tudo o que eu preciso.Lá ninguém me machuca, e me acertam flechas inflamadas.Lá só vão as pessoas que eu convido. Lá construo meus castelos, e os destruo quando estão tapando minha visão. Lá não há quem grite comigo. Há o silêncio dos olhos, e o rio de lágrimas. O sol ilumina meus pensamentos. Há um lugar onde estão expostos todos os meus sonhos. Outro onde enterrei todos os meus pesadelos. Há minhas recordações. Eu tento explora-lo o máximo. Ainda há coisas dele que não conheço. Existem espelhos por toda parte.Assim, posso checar minha franja, todo momento, e ninguém se importa com isso. Chove só nos dias que eu quero ficar em um canto, observando-a. Todas as flores, são os sorrisos que recebi. E os espinhos foram os sorrisos rejeitados. Há um arco-íris onde eu penduro algumas dores, e por incrível que pareça ele as leva para longe de mim. Há pessoas que tentam invadi-lo sem minha permissão. E acabam causando em mim, o vírus da má consciência. Azar o deles, eu estou vacinada contra esse vírus. O ruim, é quando os meus próprios convidados, tentam me deixar constrangida. Algumas vezes por não convidar algumas pessoas que parecem boas para alguns. Mas não são pra mim, poxa vida. Alguns, tentam tomar meu mundo. Sou obrigada a expulsá-los. Com muita dor, mando-os embora. E com o tempo, me esqueço deles. E em algumas das minha viagens neste mundo de todos, eu encontro algumas pessoas que tenho que convidá-las à passear pelo meu mundo. Há aquelas que simplesmente adentram, e eu deixo. Essas são aquelas que me pertenciam, e eu as pertencia antes mesmo de conhece-las. Essas são as melhores.
Lá há um lugar, onde está meus amores. Todos os meus tipos de amores. Aquele de pai, mãe, e irmão. Aquele de amigos, do tipo inseparáveis. Aquele platônico, dos atores lindos de filmes. Aquele de músicas. Um específico, que você sente só por uma única pessoa, sabe ? Todos estão lá. No meu mundo, eu posso cantar sozinha, posso cantar certo e errado. Posso chorar, não preciso esconder os soluços. Eu posso abraçar o tanto de vezes que eu quiser. Posso passar horas no meu computador. Ninguém grita comigo. Eu posso ter minhas crises. Não preciso administrar meus sentimentos, quando estou perto daqueles dias. Eu posso passar a noite acordada, ou posso optar por sonhar. os melhores sonhos. Com uma única pessoa, ou com todas que quiser. Posso correr até me cansar. Posso colher meus chocolates, e lavá-los com cauda de morango. Posso encher bexigas, e estourá-las. Posso tomar banho naquele riozinho, de águas perfumadas. Com os perfumes que já estiverem me fazendo falta. Posso sorrir pro meu sol, e apagar a lua, quando estiver com sono. Posso simplesmente usar as roupas que eu quero, sem me importar com que os experts em moda vão dizer. Posso gritar e gritar. Ou então posso falar baixinho, todo mundo me ouve. Eu posso tirar férias de mim. E ir acampar em alguém. Posso acreditar no amanhã, ou simplesmente apreciar o presente. Posso dançar o que quiser, com a voz que faz a trilha sonora da minha vida. Posso fazer minhas suposições. Crio minhas teses, e as aplico onde acho que devo. Sonho com o que quero, e o que não me interessa coloco de lado. Amanhã pode ser que mudo de ideia. Fotografo cada um que adentra à ele. E exponho na saída. Quem sabe, não encontre alguém que você estava sentindo saudades.Por falar em saudade, há uma parte onde estão todas as minhas. Coloco-as todas em uma vitrine. Não estão a venda, ou em liquidação. Faça um trabalho voluntário, e me ajude a mata-las. Venha até pertinho de mim. E me ajude a esqueçe-las
Eu tenho meu repertório musical. Minha ponte de açúcar. Meu oceano de amor. Minhas árvores de sorvete. Minhas alegrias em confeitos. Minha cama de algodão. Meu esmalte com cheiro de algodão doce. Meus sapatos de saltos altos, e meus vestidos curtos. Minhas sapatilhas, e minha câmera digital eterna. Meu colar de flores, e meus pensamentos coloridos. Tenho tudo que preciso, tudo que me deixa feliz. Tudo o que não encontro aqui. Tenho as pessoas que me importam. Estas que me fazem querer viver. Aquelas que olham nos meus olhos, e me protegem. Aquelas que não me deixam sozinha. E aquelas que não fingem que não estão me vendo chorar, porque não entendem meu choro, e simplesmente são orgulhosas demais, para querer saber o verdadeiro motivo dele.
domingo, dezembro 12, 2010
Simplesmente, mais uma lamentação.
Me pergunto se há esse lugar no mundo. Esse lugar que ando precisando. Onde eu posso caminhar sem olhar pra trás, me concentrar em quem está ao meu lado. Será que há um lugar onde eles realmente vão me entender? Ou pelo menos tentar? Porque eu já tentei, juro, tentei. Mas foi em vão. Não houve sucesso algum. Eu penso em acreditar que qualquer dia vou acordar, e estar em um lugar agradável. Um lugar onde não preciso esconder as minhas lágrimas. Onde eu possa respirar aliviada. Onde esses pensamentos e lembranças não venham me assombram. Porque eu não aguento mais meio segundo aqui. E daí? Problema seu. Se vira. Isso não diz respeito à mim. Está nas suas mãos. A escolha é sua. Tchau.
Sinto que a qualquer momento eu não vou suportar mais. Não é fácil deixar de fazer o que você realmente quer. E ainda existem pessoas que podem viver um verdadeiro sonho,mas insistem em acordar. Isso me faz perceber mais uma vez, que o mundo não é justo. Nada é justo. Simplesmente porque se as coisas forem exatamente como você quer não tem graça viver. Será? Experimenta o contrário. Não estou reclamando de nada, muito menos da minha vida. São só algumas coisas que eu realmente gostaria de poder mudar, e somente uma vez na vida conseguir satisfazer as minhas vontades. Talvez o brilho das cores voltasse a aparecer, nem que fosse somente para mim.
Eu estou reconhecendo o caminho pelo qual estou me conduzindo.Já estive aqui. Mas eu era menor, e menos ingênua para reconhecer o fim. Este fim foi doloroso. Superei. Encontrei um atalho, e acreditei estar caminhando para um fim próspero. Tudo indicava que seria. Mas olhando deste ângulo, consigo ver que estou na mesma situação. Estou me aproximando devagar. E o fim ainda nem chegou. Ninguém consegue ver. Eu sim. Consigo ver, e já sinto o que vai se proceder. O pedregulho já machuca meus pés. Há muitos obstáculos. Cai várias vezes. Ainda estou no início, falta um pouco pro fim. Mas esse inicio está me doendo mais do que qualquer fim. Simplesmente porque não quero deixar de caminhar, porque quando olho pra trás vejo que não imaginava tais dificuldades. Não quero me distanciar daqui. Eu sei que posso continuar caminhando. E que talvez somente este trecho esteja ruim. Quem sabe depois de algum tempo, meus pés já conseguiram resistir aos pedregulhos, a dor já será comum, e normal. Talvez eu já nem a perceba. Quem sabe...
Mas acho que preciso parar um pouco. Hoje meu céu está escuro demais. Meus olhos não vêem nada. Não há ninguém por perto.Acho que é melhor fechar meus olhos. Preciso tentar acreditar, mesmo sem fé alguma, que amanhã o sol vai brilhar mais forte pra mim. Que talvez, ainda haja um pouco de esperança para que as coisas possam melhorar.
When I say the songs talk to me, anyone believes.
Sparks Fly - Taylor Swift
The way you move is like a full on rainstorm
And I'm a house of cards
You're the kinda reckless that should send me running
But i kinda know I won't get far
And you stood there in front of me just
Close enough to touch
Close enough to hope you couldn't see
What I was thinking of
Drop everything now
Meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk
Take away the pain
'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Get me with those green eyes, baby
As the lights go down
Something that'll haunt me when you're not around
'Cause I see, sparks fly whenever you smile
My mind forgets to remind me
You're a bad idea
You touch me once and it's really something
You find I'm even better than you
Imagined I would be
I'm on my guard for the rest of the world
But with you I know it's no good
And i could wait patiently but I really wish you would
Drop everything now
Meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk
Take away the pain
'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Get me with those green eyes, baby
As the lights go down
Something that'll haunt me when you're not around
'Cause I see, sparks fly whenever you smile
I run my fingers through your hair
And watch the lights go out
Just keep on keeping your eyes on me
It's just strong enough to make you feel right
Lead me up the staircase
Won't you whisper soft and slow
I'm captivated by you baby
Like a firework show
Drop everything now
Meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk
Take away the pain
'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Get me with those green eyes, baby
As the lights go down
Something that'll haunt me when you're not around
'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Sparks fly, baby smile, sparks fly.
O gigolô das palavras.
"(...) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. (...). É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
(...) Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar de conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro,quando acho que vou ganhar com isto. (...)
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical de suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa! (...) A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda."
Luis Fernando Veríssimo.
quarta-feira, dezembro 08, 2010
E quando menos se espera, não tem significado algum.
Hoje apaguei completamente um passado escuro da minha vida. Um passado que não tinha mais significado algum, mas de alguma forma eu ainda estava conectada, eu ainda sofria com as consequências. Havia alguns registros, e marcas das minhas lágrimas. E hoje eu consegui jogar tudo fora. Rasguei cada papel. E coloquei no lixo mais próximo. Eu me lembro como considerava cada momento importante, e como prometi não esquecer de nada. Mas, as recordações acabaram. Tudo é passado. Não mais pra nada, não vale mais nada, não pra mim. De alguma forma, eu sinto que me superei. Porque nunca pensei que conseguiria desfazer deste com tamanha facilidade. Muito menos sorrindo, e sem ódio algum. Eu me superei. Encontrei coisas, e pessoas melhores, não que substituem, porque sem dúvida alguma são melhores do as que ficaram pra trás. Talvez aquela frase onde diz, que as coisas ruins se separam para que as coisas boas, possam se juntar, tenha algum significado realmente verdadeiro. Acredito que pra mim teve.
Ao mesmo tempo que me esqueci de um passado, que não me causa nostalgia, me recordei de um que realmente não lembrava. Encontrei uma música que tinha me esquecido, o quanto era linda, e que sem dúvida combina com o meu presente. E, eu não sei como terminar. Não há um jeito específico. Mas de certa forma, me sinto livre.E uma sensação de liberdade me contagia.
sábado, dezembro 04, 2010
Muito sentimento para um texto só.
Ei, eu confesso, não tenho absolutamente nenhuma palavra para escrever. Nenhuma ideia, fato ou acontecimento incrível para descrever. Não tenho nada a dizer. Eu só preciso escrever, estou precisando muito. Meus pensamentos são quase um sussurro, e eu posso ouvi-los baixinho. Não me culpe se isto vai acabar, onde vai acabar, ou se alguém vai ler. Estou sem nada para fazer, e ouvindo aquela música que lembra someone. Eu só preciso. Ficaria feliz se alguém lesse, mas não me entristeceria se ninguém lesse. Tá, só um pouquinho.
Hoje, eu acompanhei uma multidão de pessoas. Eu fazia parte desta multidão.Observei pessoas que me chamavam atenção, que mesmo sem perceber, me transmitiam seus sentimentos, podia ver cada um. Havia sonhos, e perturbações. Alegrias, e incertezas misturados com medos, e desconfiança.Havia ingenuidade e ceticismo. Ansiedade. Calor humano, mas frieza de alma. Havia crenças e mais crenças. Havia stress e tranquilidade. Consegui perceber cada movimento impaciente de todos. Ninguém parecia confiável por lá. Senti falta de alguém para conversar em plena multidão. Percebi cada cabelo desarrumado, e cada cabelo impecável.Havia mistura de suor com perfumes desconhecidos. Não era um cheiro muito agradável, mas fazia parte daquele lugar. Havia namorados. Uns mais apaixonados, alguns mais reservados. Mas todos de mãos dadas. Infelizmente, alguns de corpos juntos e alma separadas. Será que não vêem isso? Eu consigo sentir quando estou sendo esquecida. Quando alguém está se afastando de mim.É uma sensação estranha. Porque parece que você está insistindo e implorando para que alguém fique. Não gosto de implorar nada. Acho que é bem mais prazeroso, se resolvem ficar com você simplesmente por você fazer bem a outra pessoa.É tão bom saber que você faz bem à outro alguém. Melhor ainda é ver que isto está escrito nos olhos dela. Realmente, é muito bom.
Acredito que um em meio à esta multidão de pessoas e cheiros que eu fiz parte hoje, alguém já sentiu que o próprio mundo estava caindo sobre ele, e ele não tinha forças para manter isto de pé. É exatamente esse tipo de força, que venho tentando buscar, e encontrar. Acredito, que venho buscando nas minha palavras tontas, mas minhas. Porque de qualquer forma, estas palavras, são partes de mim, do meu coração, dele. Não acho que este seja o caminho certo para encontrar refúgio algum, mas ao menos vem me ajudando. Diminuindo a minha solidão, acariciando meus cabelos, sorrindo para mim. É claro, que ninguém entende nada dessas coisas idiotas. Não me importo. Estou acostumada com a incompreensão. De verdade.
Vi também injustiça. Mentira, e verdade. Vi pesadelos. Vi preocupação. Vi alegrias momentâneas, e felicidades eternas. Eu vi amor. Amor. Sabe aquele casal de namorados? Está vendo? Ali? Olha como eles se olham, olha como ela sorri. Veja! As mãos estão entrelaçadas, e os passos sincronizados. Observe, ele segura a cintura dela com força. Tem medo de perdê-la.Ouça, os olhos dela estão dizendo que o ama. Mas ele não sabe ainda. Ele acabou de dizer, que a ama. Ela sorriu, as lágrimas rolaram, e ela disse que também o ama.Eles sorriram juntos. Agora voltaram a caminhar. Ele ainda segura a cintura dela. E ela faz o ombro dele de travesseiro. Que lindos! Parecem viver the vanilla twilight. Tudo parece combinar. Eles se amam, e não sofrem por isso. Fechei meus olhos, e tentei pensar em outra coisa. Eles estavam chamando muito a minha atenção. E quando os abri novamente, não estavam mais lá. Tinham ido. Mas o cheiro do amor, tinha me contagiado. Não que eu precisasse, só me deu mais forças de lutar. Quem sabe algum dia, deixa pra lá.
Simplesmente, vi o que tinha que ver. E nada mudou para mim. O mundo continua a girar, da mesma maneira do que antes, Meu quarto ainda é o mesmo. Sou só mais uma pessoa, que se confunde com as outras, em um mundo invisível e cego para todos que passam por aquela mesma rua, todos os sábados.
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