sexta-feira, julho 29, 2011

Não há título pra isso.


Já me disseram, não sei quando. E agora me lembro, ou uma voz me diz, o fato é não faz diferença alguma. Mas, dizem que quando se está no fundo do poço não há outro caminho de volta, exceto o que te levou até lá. Pois é, e  cá estou. A recolher migalhas de palavras, e restos de lágrimas escondidas sem um motivo aparente. A migrar por tanto sentimento. E  eu nem sei o porquê de me sentir assim. Aparentemente está tudo sob controle, normal, e bem. Negativo. Eu conheço minha intuição. Não erra. Talvez se errasse fosse melhor. Há dias que as coisas vem tropeçando, pisando sobre mim, e o causador. Eu venho sentindo muito, há muito tempo. Percebo que não acredita quando afirmo que já sei de tudo, e se isso fosse o problema. Será a saudade? Ou a minha TPM? Não sei. Esse amontoado de palavras está ficando mais perdido do que eu mesma. E já fazia tempo que as coisas, as mesmas, não apertavam a ponto de me fazerem recorrer à isso. Uma onda desses "dementadores" vagam livremente pela minha pobre mente. O medo apossa-se do meu ser. Intacta permaneço com minhas poucas palavras e meu celular sem créditos. A agonia ruminando em mim. A música a mil no fundo. Lembranças ótimas a tentar alegrar me. E a intuição gritando. A minha vontade de mudar as coisas se descabelando. O meu ser se enfraquecendo a cada segundo escorrido. Os mesmos olhares desaprovadores. A vontade de sumir se contrapõe. Objeção. E a minha filosofia de vida. A falta de esperanças. O amor sacudindo-se contra mim e meu coração. Ah, que ironia, meu coração. Os olhos nem se fuzilaram por algum tempo em silêncio. Admito, ocorreu. Mas não do jeito que deveria ser. O ócio me mata. Com ajuda da saudade que com mais força afinca os dedos ossudos, e as unhas compridas contra meu pescoço frágil. Os olhos cerram-se. Entre balbuciar teu nome, clamo a Deus, por um sono longo e pesado. Sem direitos a sonhos, e livre de pesadelos. Afinal, dormir é um modo interino de morrer, como diria Machado de Assis.

3 comentários:

  1. quando tudo é noite, buscamos uma saída, uma fresta é como um sol, quem esta no fundo do poço, perdeu o caminho da ida e principalmente da volta, só a luz, o amor podem nos trazer ao caminho apos as sombras.

    adorei. beijinhos

    e uma linda noite

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  2. Obrigada por me seguires (: Vim só dizer que se quiseres, tenho um desafio no meu blog, gostav muito que participasses, se entretanto decidires mesmo participar, faz um comentário ao desafio, para saber se vale mesmo a pena ou não continuar com o desafio. Obrigada pela tua atenção (:

    http://inesematias.blogspot.com/2011/08/desafio.html#comments

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