sexta-feira, dezembro 31, 2010

E lá se vão os 365 dias. Adeus!

Oláá, queridos amigos virtuais imaginários. Saudações.
Só porque hoje é o último dia do ano.E uma sensação desconhecida me contagiou. Onde eu realmente acredito que tudo vai ficar bem.Que o próximo ano, que também passará num piscar do olhos, poderá ser melhor. Sim, uma crença, uma força de vontade, que realmente não me pertence. Talvez, as minhas lágrimas, todas, derramadas durante esse ano todo,que querendo ou não já foi. Talvez, elas me fizeram mais fortes, assim como todos os momentos feliz que vivi, todas as pessoas que graças à Deus, me encontraram em uma esquina qualquer, e agora, se mudaram com todas a bagagem para um canto do meu coração. Ou quem sabe, não o ocupou totalmente, talvez, até roubando-o de mim. Mas, que diferença faz, quando você ganha outro também? Agora, exatamente agora, você se lembra do início deste ano, que se finda. Consegue se lembrar de como tudo começou? Onde estava, quando respirou pela primeira vez este ano? Consegue se lembrar de todos os fracassos que jurou que esqueceria? De todos os tombos que caiu, ou que propositalmente te derrubaram? Se lembra dos sorrisos que te roubaram? Dos sonhos que escreveu? Dos planos que mirabolou? Não, a gente não fez tudo o que quis. Não cumprimos nossas promessas, como emagrecer, quatro quilos, ou beijar o Taylor Lautner. Mas agora isso não tem importância alguma, porque você conseguiu mais uma vez, mais um ano, se recuperar dos fracassos, alguém te deu a mão, e você aprendeu a se levantar. Você enxugou as lágrimas, e retocou o lápis borrado. Você deixou que as lembranças que até então te faziam chorar, e colocavam um sorriso nostálgico no rosto, irem embora. Você se livrou da falsidade, e jogou mais rápido do que nunca "amizades" no lixo, mais próximo. Abraçou forte seus amigos de verdade. Enfrentou os apuros,e no fim estudar quatro horas por dia, valeu a pena. Sim, valeu. Valeu a pena chorar por alguém que quebrou seu coração, porque depois encontrou alguém que te ajudou a colar cada caquinho. E você nem precisou pedir. Valeu os medos, e a insegurança, olha só pra você agora, olhe pra mim, dizendo que tudo vai ficar bem. Pois é, mais uma vez, conseguimos. E agora, mais do que nunca, você está pronta mais uma vez. Você está pronta, pra novas experiências, novos medos, novas lágrimas, novas surpresas, novas pessoas, novos abraços nas mesmas pessoas, novos sorrisos, novas aventuras, novos caminhos. Você está pronta para novos 365 dias. Novinhos em folha.

Beiiiiiiiijinhos. Happy New Year!

terça-feira, dezembro 21, 2010

Não há um título certo, quando são muitos os sentimentos.



Me pergunto porque algumas vezes as pessoas sofrem. Por que choram sem uma razão certa ? Por que se desesperam antes de saber da suposta má notícia? Por que eu me encaixo neste grupo de pessoas ? Simplesmente porque quanto me afetam eu não digo nada. Acredito que é melhor o silêncio, a uma discussão turbulenta, alta e que vou sair mais machucada. Mas o silêncio nem sempre é tão bom assim. Você acaba se fechando demais, e qualquer pressentimento você se cala. Não diz nada. Xinga tudo mundo, mas baixinho. E acaba resultando em palavras.E lágrimas. No meu caso.
Eu particularmente, não me entendo. Não entendo algumas pessoas. E também não quero. E critico aqueles que dizem que ninguém é obrigado a fazer nada que não quer. Digo, sim é. Todo mundo é. Pelo menos eu sou. Sou obrigada a ficar aqui. Sou obrigada a não fazer aquilo que meus pensamentos imploram. E minhas vontades sempre são ignoradas, e acabam por se tornarem recordações. Simplesmente, as pessoas sofrem antes do tempo, por serem negativas. E esse tipo de sensação não atrai coisas negativas. Pelo menos pra mim. Quando eu realmente acredito que amanhã vai acontecer do jeito planejado, as simplesmente não acontecem. E quando eu menos espero, quando já desacreditei, elas fluem. Então acho que o melhor mesmo, talvez seja, não planejar nada. E estar preparada para o pior. Que no fim, talvez nem seja tão pior assim.
Ou você pode optar por fazer o que quiser. E causar inveja em mim. Você aniquilar todas as suas regras. Não temer a nada.Você não precisa estar aqui, você pode escolher estar com ele, agora, e não se importar com o que vem depois. Como dizia meu amigo Nietzsche, " às vezes construir uma casa sobre um plano não muito seguro, vale a pena, pelo simples fato de se ter uma bela vista". Eu, infelizmente, não confio muito.  Digo, infelizmente.

terça-feira, dezembro 14, 2010

O que muitos não sabem, e o que a poucos interessam.



E mais um dia o sol me cumprimentou, com um nostálgico bom dia, mesmo sendo quase boa tarde. E não sei o que eu realmente devo dizer, se é que devo dizer alguma coisa. Sempre que me arrisco em dizer alguma coisa que penso, a reação das pessoas me assusta.Então os meus comentários e opiniões ficam em silêncio. E acabam tornando-se inúmeros parágrafos sem sentido. São as músicas que ouço à uma altura regular, que se quiser dá pra ouvir. O problema é que quase todas são em inglês, o que dificulta o entendimento. E quase ninguém se preocupa em saber o verdadeiro significado. Pra falar a verdade, essa mania de saber o verdadeiro lado das coisas, não importa muito. Para ninguém. É mais fácil dizer o que pensa. Falar o que tem em mente. Julgar aparências. E abrir feridas que nunca cicatrizam. As minhas são desse tipo. A parte boa, é que existem momentos  do meu dia que não as sinto. Encontro coisas melhores para fazer. ocupam minha mente, e acabam por estancar meu sangue, mesmo que por mínimos segundos. Faz toda a diferença.
Outro dia , me disseram que vivo em outro mundo que não pertence ao de todo mundo.Sim, eu vivo. Pelo menos tento. Mas quase todo dia sou obrigada a vir à este de todo mundo. Eu tenho coisas pra acertar aqui. Infelizmente. Volto o mais rápido que posso para o meu. Lá eu tenho tudo o que eu preciso.Lá ninguém me machuca, e me acertam flechas inflamadas.Lá só vão as pessoas que eu convido. Lá construo meus castelos, e os destruo quando estão tapando minha visão. Lá não há quem grite comigo. Há o silêncio dos olhos, e o rio de lágrimas. O sol ilumina meus pensamentos. Há um lugar onde estão expostos todos os meus sonhos. Outro onde enterrei todos os meus pesadelos. Há minhas recordações. Eu tento explora-lo o máximo. Ainda há coisas dele que não conheço. Existem espelhos por toda parte.Assim, posso checar minha franja, todo momento, e ninguém se importa com isso. Chove só nos dias que eu quero ficar em um canto, observando-a.  Todas as flores, são os sorrisos que recebi. E os espinhos foram os sorrisos rejeitados. Há um arco-íris onde eu penduro algumas dores, e por incrível que pareça ele as leva para longe de mim. Há pessoas que tentam invadi-lo sem minha permissão. E acabam causando em mim, o vírus da má consciência. Azar o deles, eu estou vacinada contra esse vírus. O ruim, é quando os meus próprios convidados, tentam me deixar constrangida. Algumas vezes por não convidar algumas pessoas que parecem boas para alguns. Mas não são pra mim, poxa vida. Alguns, tentam tomar meu mundo. Sou obrigada a expulsá-los. Com muita dor, mando-os embora. E com o tempo, me esqueço deles. E em algumas das minha viagens neste mundo de todos, eu encontro algumas pessoas que tenho que convidá-las à passear pelo meu mundo. Há aquelas que simplesmente adentram, e eu deixo. Essas são aquelas que me pertenciam, e eu as pertencia antes mesmo de conhece-las. Essas são as melhores. 
Lá há um lugar, onde está meus amores. Todos os meus tipos de amores. Aquele de pai, mãe, e irmão. Aquele de amigos, do tipo inseparáveis. Aquele platônico, dos atores lindos de filmes. Aquele de músicas. Um específico, que você sente só por uma única pessoa, sabe ? Todos estão lá. No meu mundo, eu posso cantar sozinha, posso cantar certo e errado. Posso chorar, não preciso esconder os soluços. Eu posso abraçar o tanto de vezes que eu quiser. Posso passar horas no meu computador. Ninguém grita comigo. Eu posso ter minhas crises. Não preciso administrar meus sentimentos, quando estou perto daqueles dias. Eu posso passar a noite acordada, ou posso optar por sonhar. os melhores sonhos. Com uma única pessoa, ou com todas que quiser. Posso correr até me cansar. Posso colher meus chocolates, e lavá-los com cauda de morango. Posso encher bexigas, e estourá-las. Posso tomar banho naquele riozinho, de águas perfumadas. Com os perfumes que já estiverem me fazendo falta. Posso sorrir pro meu sol, e apagar a lua, quando estiver com sono. Posso simplesmente usar as roupas que eu quero, sem me importar com que os experts em moda vão dizer. Posso gritar e gritar. Ou então posso falar baixinho, todo mundo me ouve. Eu posso tirar férias de mim. E ir acampar em alguém. Posso acreditar no amanhã, ou simplesmente apreciar o presente. Posso dançar o que quiser, com a voz que faz a trilha sonora da minha vida. Posso fazer minhas suposições. Crio minhas teses, e as aplico onde acho que devo. Sonho com o que quero, e o que não me interessa coloco de lado. Amanhã pode ser que mudo de ideia. Fotografo cada um que adentra à ele. E exponho na saída. Quem sabe, não encontre alguém que você estava sentindo saudades.Por falar em saudade, há uma parte onde estão todas as minhas. Coloco-as todas em uma vitrine. Não estão a venda, ou em liquidação. Faça um trabalho voluntário, e me ajude a mata-las. Venha até pertinho de mim. E me ajude a esqueçe-las
Eu tenho meu repertório musical. Minha ponte de açúcar. Meu oceano de amor. Minhas árvores de sorvete. Minhas alegrias em confeitos. Minha cama de algodão. Meu esmalte com cheiro de algodão doce. Meus sapatos de saltos altos, e meus vestidos curtos. Minhas sapatilhas, e minha câmera digital eterna. Meu colar de flores, e meus pensamentos coloridos. Tenho tudo que preciso, tudo que me deixa feliz. Tudo o que não encontro aqui. Tenho as pessoas que me importam. Estas que me fazem querer viver. Aquelas que olham nos meus olhos, e me protegem. Aquelas que não me deixam sozinha. E aquelas que não fingem que não estão me vendo chorar, porque não entendem meu choro, e simplesmente são orgulhosas demais, para querer saber o verdadeiro motivo dele. 

domingo, dezembro 12, 2010

Simplesmente, mais uma lamentação.


Me pergunto se há esse lugar no mundo. Esse lugar que ando precisando. Onde eu posso caminhar sem olhar pra trás, me concentrar em quem está ao meu lado. Será que há um lugar onde eles realmente vão me entender? Ou pelo menos tentar? Porque eu já tentei, juro, tentei. Mas foi em vão. Não houve sucesso algum. Eu penso em acreditar que qualquer dia vou acordar, e estar em um lugar agradável. Um lugar onde não preciso esconder as minhas lágrimas. Onde eu possa respirar aliviada. Onde esses pensamentos e lembranças não venham me assombram. Porque eu não aguento mais meio segundo aqui. E daí? Problema seu. Se vira. Isso não diz respeito à mim. Está nas suas mãos. A escolha é sua. Tchau.
Sinto que a qualquer momento eu não vou suportar mais. Não é fácil deixar de fazer o que você realmente quer. E ainda existem pessoas que podem viver um verdadeiro sonho,mas insistem em acordar. Isso me faz perceber  mais uma vez, que o mundo não é justo. Nada é justo. Simplesmente porque se as coisas forem exatamente como você quer não tem graça viver. Será? Experimenta o contrário. Não estou reclamando de nada, muito menos da minha vida. São só algumas coisas que eu realmente gostaria de poder mudar, e somente uma vez na vida conseguir satisfazer as minhas vontades. Talvez o brilho das cores voltasse a aparecer, nem que fosse somente para mim.
Eu estou reconhecendo o caminho pelo qual estou me conduzindo.Já estive aqui. Mas eu era menor, e menos ingênua para reconhecer o fim. Este fim foi doloroso. Superei. Encontrei um atalho, e acreditei estar caminhando para um fim próspero. Tudo indicava que seria. Mas olhando deste ângulo, consigo ver que estou na mesma situação. Estou me aproximando devagar. E o fim ainda nem chegou. Ninguém consegue ver. Eu sim. Consigo ver, e já sinto o que vai se proceder. O pedregulho já machuca meus pés. Há muitos obstáculos. Cai várias vezes. Ainda estou no início, falta um pouco pro fim. Mas esse inicio está me doendo mais do que qualquer fim. Simplesmente porque não quero deixar de caminhar, porque quando olho pra trás vejo que não imaginava tais dificuldades. Não quero me distanciar daqui. Eu sei que posso continuar caminhando. E que talvez somente este trecho esteja ruim. Quem sabe depois de algum tempo, meus pés já conseguiram resistir aos pedregulhos, a dor já será comum, e normal. Talvez eu já nem a perceba. Quem sabe...
Mas acho que preciso parar um pouco. Hoje meu céu está escuro demais. Meus olhos não vêem nada. Não há ninguém por perto.Acho que é melhor fechar meus olhos. Preciso tentar acreditar, mesmo sem fé alguma, que amanhã o sol vai brilhar mais forte pra mim. Que talvez, ainda haja um pouco de esperança para que as coisas possam melhorar.

When I say the songs talk to me, anyone believes.




Sparks Fly - Taylor Swift

The way you move is like a full on rainstorm
And I'm a house of cards
You're the kinda reckless that should send me running
But i kinda know I won't get far

And you stood there in front of me just
Close enough to touch
Close enough to hope you couldn't see
What I was thinking of

Drop everything now
Meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk
Take away the pain

'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Get me with those green eyes, baby
As the lights go down
Something that'll haunt me when you're not around

'Cause I see, sparks fly whenever you smile

My mind forgets to remind me
You're a bad idea
You touch me once and it's really something
You find I'm even better than you
Imagined I would be

I'm on my guard for the rest of the world
But with you I know it's no good
And i could wait patiently but I really wish you would

Drop everything now
Meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk
Take away the pain

'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Get me with those green eyes, baby
As the lights go down
Something that'll haunt me when you're not around
'Cause I see, sparks fly whenever you smile

I run my fingers through your hair
And watch the lights go out
Just keep on keeping your eyes on me

It's just strong enough to make you feel right
Lead me up the staircase
Won't you whisper soft and slow
I'm captivated by you baby
Like a firework show

Drop everything now
Meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk
Take away the pain

'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Get me with those green eyes, baby
As the lights go down
Something that'll haunt me when you're not around

'Cause I see, sparks fly whenever you smile
Sparks fly, baby smile, sparks fly.


O gigolô das palavras.


"(...) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. (...). É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
(...) Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar de conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro,quando acho que vou ganhar com isto. (...)
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical de suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa! (...) A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda."
                                                                                                                      Luis Fernando Veríssimo.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

E quando menos se espera, não tem significado algum.


Hoje apaguei completamente um passado escuro da minha vida. Um passado que não tinha mais significado algum, mas de alguma forma eu ainda estava conectada, eu ainda sofria com as consequências. Havia alguns registros, e marcas das minhas lágrimas. E hoje eu consegui jogar tudo fora. Rasguei cada papel. E coloquei no lixo mais próximo. Eu me lembro como considerava cada momento importante, e como prometi não esquecer de nada. Mas, as recordações acabaram. Tudo é passado. Não mais pra nada, não vale mais nada, não pra mim. De alguma forma, eu sinto que me superei. Porque nunca pensei que conseguiria desfazer deste com tamanha facilidade. Muito menos sorrindo, e sem ódio algum. Eu me superei. Encontrei coisas, e pessoas melhores, não que substituem, porque sem dúvida alguma são melhores do as que ficaram pra trás. Talvez aquela frase onde diz, que as coisas ruins se separam para que as coisas boas, possam se juntar, tenha algum significado realmente verdadeiro. Acredito que pra mim teve. 
Ao mesmo tempo que me esqueci de um passado, que não me causa nostalgia, me recordei de um que realmente não lembrava. Encontrei uma música que tinha me esquecido, o quanto era linda, e que sem dúvida combina com o meu presente. E, eu não sei como terminar. Não há um jeito específico. Mas de certa forma, me sinto livre.E uma sensação de liberdade me contagia.  

sábado, dezembro 04, 2010

Muito sentimento para um texto só.




Ei, eu confesso, não tenho absolutamente nenhuma palavra para escrever. Nenhuma ideia, fato ou acontecimento incrível para descrever. Não tenho nada a dizer. Eu só preciso escrever, estou precisando muito. Meus pensamentos são quase um sussurro, e eu posso ouvi-los baixinho. Não me culpe se isto vai acabar, onde vai acabar, ou se alguém vai ler. Estou sem nada para fazer, e ouvindo aquela música que lembra someone. Eu só preciso. Ficaria feliz se alguém lesse, mas não me entristeceria se ninguém lesse. Tá, só um pouquinho.
Hoje, eu acompanhei uma multidão de pessoas. Eu fazia parte desta multidão.Observei pessoas que me chamavam atenção, que mesmo sem perceber, me transmitiam seus sentimentos, podia ver cada um. Havia sonhos, e perturbações. Alegrias, e incertezas misturados com medos, e desconfiança.Havia ingenuidade e ceticismo. Ansiedade. Calor humano, mas frieza de alma. Havia crenças e mais crenças. Havia stress e tranquilidade. Consegui perceber cada movimento impaciente de todos. Ninguém parecia confiável por lá. Senti falta de alguém para conversar em plena multidão. Percebi cada cabelo desarrumado, e cada cabelo impecável.Havia mistura de suor com perfumes desconhecidos. Não era um cheiro muito agradável, mas fazia parte daquele lugar. Havia namorados. Uns mais apaixonados, alguns mais reservados. Mas todos de mãos dadas. Infelizmente, alguns de corpos juntos e alma separadas. Será que não vêem isso?  Eu consigo sentir quando estou sendo esquecida. Quando alguém está se afastando de mim.É uma sensação estranha. Porque parece que você está insistindo e implorando para que alguém fique. Não gosto de implorar nada. Acho que é bem mais prazeroso, se resolvem ficar com você simplesmente por você fazer bem a outra pessoa.É tão bom saber que você faz bem à outro alguém. Melhor ainda é ver que isto está escrito nos olhos dela. Realmente, é muito bom. 
Acredito que um em meio à esta multidão de pessoas e cheiros que eu fiz parte hoje, alguém já sentiu que o próprio mundo estava caindo sobre ele, e ele não tinha forças para manter isto de pé. É exatamente esse tipo de força, que venho tentando buscar, e encontrar. Acredito, que venho buscando nas minha palavras tontas, mas minhas. Porque de qualquer forma, estas palavras, são partes de mim, do meu coração, dele. Não acho que este seja o caminho certo para encontrar refúgio algum, mas ao menos vem me ajudando. Diminuindo a minha solidão, acariciando meus cabelos, sorrindo para mim. É claro, que ninguém entende nada dessas coisas idiotas. Não me importo. Estou acostumada com a incompreensão. De verdade.
Vi também injustiça. Mentira, e verdade. Vi pesadelos. Vi preocupação. Vi alegrias momentâneas, e felicidades eternas. Eu vi amor. Amor. Sabe aquele casal de namorados? Está vendo? Ali? Olha como eles se olham, olha como ela sorri. Veja! As mãos estão entrelaçadas, e os passos sincronizados. Observe, ele segura a cintura dela com força. Tem medo de perdê-la.Ouça, os olhos dela estão dizendo que o ama. Mas ele não sabe ainda. Ele acabou de dizer, que a ama. Ela sorriu, as lágrimas rolaram, e ela disse que também o ama.Eles sorriram juntos. Agora voltaram a caminhar. Ele ainda segura a cintura dela. E ela faz o ombro dele de travesseiro. Que lindos! Parecem viver the vanilla twilight. Tudo parece combinar. Eles se amam, e não sofrem por isso. Fechei meus olhos, e tentei pensar em outra coisa. Eles estavam chamando muito a minha atenção. E quando os abri novamente, não estavam mais lá. Tinham ido. Mas o cheiro do amor, tinha me contagiado. Não que eu precisasse, só me deu mais forças de lutar. Quem sabe algum dia, deixa pra lá.
Simplesmente, vi o que tinha que ver. E nada mudou para mim. O mundo continua a girar, da mesma maneira do que antes, Meu quarto ainda é o mesmo. Sou só mais uma pessoa, que se confunde com as outras, em um mundo invisível e cego para todos que passam por aquela mesma rua, todos os sábados.

segunda-feira, novembro 29, 2010

Com amor de seu eterno...

Eu já estava impaciente. Preocupada. Fraca. Eu só precisava receber uma carta.De Benjamim. Eu não aguentaria esperar mais meio segundo. Resolvi conferir a caixa de correspondência pela milésima vez. Caminhei devagar, tentei não olhar para a frente, observei as folhas de dançavam no chão conforme o vento. Eu quis chorar. Me controlei. E para minha surpresa, havia uma carta. Uma carta de Benjamim. Não me contive, e a abri o mais rápido que pude.
"Querida Agathe,
eu comecei mil vezes essa carta, por isso a demora. Me desculpe. Não sabia por onde começar, não havia palavras que eu conseguisse dizer o quanto estou sentindo sua falta. Nunca vai haver. Eu sinto sua falta, mais do que tudo. Ah, meu Deus, o que eu não faria para estar ai, segurando suas mãos, arrumando seu cabelo, e te fazendo cócegas. O que eu não faria para te desejar um bom dia, para ver seu sorriso, e te abraçar forte.O que eu não faria.
Sabe, amor, de alguma forma, você faz com que eu me sinta mais forte. A cada dose de remédios, tento pensar que é por você, e então tudo parece ficar melhor.Obrigada por existir. Eu não sei como encontrei forças para escrever para você, talvez mais uma vez, foi você que me deu. Obrigada por existir. 
Ontem a noite, eu não conseguia dormir. Eu estava com dor que me incomodava. E então percebi que a janela estava aberta, e havia uma estrela no céu. Só uma. Ela brilhava mais do que a lua, e me lembrei do brilho dos seus olhos. Eu dei seu nome para ela.Não se importa não é? Espero que não, porque você é a única estrela que brilha no meu céu.
Agathe, antes de tudo, eu quero que saiba que eu te amo. Amo mais do que a mim mesmo. Eu seria capaz de fazer qualquer coisa para te agradar, só para ver seu sorriso. Não me importaria se isso fosse me prejudicar. Eu faria por você. E por te amar, eu quero te fazer um pedido. Ah, isso me mata, me corrói, mas não tem importância. Eu quero que você não escreva mais para mim, que você apague os nossos nomes do seu caderno, tire as nossas fotos da parede do seu quarto, jogue fora o ursinho que te dei no seu aniversário, queime as minhas cartas, apague a nossa música do seu MP3, do seu computador, exclua as minhas mensagens de texto do seu celular, e esqueça meu número. Não vá no nosso lugar, aquele onde tem um balanço, e eu escrevi nossos nomes na árvore, onde a gente viu o por do sol juntos, e eu toquei sua música preferida. Lembra ? Esqueça. Por favor, por mim. Não se lembre do meu rosto, nem das minhas mãos, esqueça meus abraços. Me delete da sua vida. Sim, eu digo por que. Porque não sei se algum dia volto a te escrever, se volto a ver você novamente. Acho que não tenho mais tempo para isso. Eu sinto muito. Sinto em te fazer passar por isso. Se eu soubesse teria te amado em silêncio. Hoje o médico descobriu que tenho outro tumor no cérebro, e não reajo mais aos medicamentos. Não sei quanto tempo ainda tenho.Mas o que ainda me resta, vou estar pensando em você.Você foi a melhor coisa que me aconteceu.
Agathe, por favor, saia com seus amigos. Não venha me visitar, eu sei que você não ouviria o que os médicos já te disseram. Não posso receber visita alguma. Não venha, por mim. Dê chance aqueles caras, que eu morro de ciúmes. Eles parecem legais. Não deixe que ninguém nunca te machuque, eu não estou aí para te proteger. Se cuida, eu sei que consegue. Ame outra pessoa. Tenha filhos, e coloque os nomes que você acha lindo. Entre para a faculdade de medicina, eu sei que vai conseguir. Parece difícil, mas eu tenho certeza que dia após dia, você vai acabar me esquecendo. Você vai ver. Tudo vai ficar bem. Prometo que vai. Eu só precisava de despedir. Gostaria que fosse de uma maneira tradicional, te daria um abraço, e um beijo meigo. Seguraria sua mão. Não soltaria nunca mais. Mas não posso. Eu sinto muito.
Amor, por favor, faça tudo o que te pedi. Por mim, em nome do nosso amor. Faça.Seja feliz. Eu não tenho um futuro para você, nem para mim. Procure algo melhor.Alguém sadio. Você vai encontrar. Eu não vou dizer adeus, porque não vou embora. Não para você. Eu sempre vou estar com você, mas prometo que você nem vai perceber. Eu amo você. Eu amo você. Para sempre.
                                                                                                          Com amor de seu eterno,
                                                                                                                                      Benjamim Lee."
Não. Não. Eu não senti mais nada, as lágrimas rolavam pela minha face. Os meus soluços eram incontroláveis. A minha dor era demais. Algo me cortava por dentro. E uma estrela brilhava no céu. 

sábado, novembro 27, 2010

I just need...




Eu só estou farta. Cansada das mesmas coisas, dos mesmos dias monótonos, das mesmas pessoas, das mesmas conversas, das mesmas desculpas, das mesmas lágrimas pelos mesmos motivos, dos mesmos fins de semana, dos mesmos medos, das mesmas indecisões. Eu estou cansada de mim. Cansada de ser quem eu sou. Farta das minhas implicações, da minha insegurança, da minha nostalgia. Eu estou farta de viver como eu vivo. E por sempre, a mesma preocupação.Eu só precisava me recompor. Talvez eu não esteja totalmente inteira, e sim em pedaços. Pedaços muito pequenos,que ninguém percebe. Mas eu sei que a cada passo dado, perco um pedaço de mim. Sinto como se a minha percepção em conhecer pessoas pode estar se esgotando. Será que algumas vezes seria melhor não saber de algumas coisas? Porque hoje tive a certeza quase concreta que ninguém conhece ninguém. Acreditava que essa citação fosse um paradigma. Minha concepção é que era. Quem sabe ainda há tempo de montar-me novamente. Não que eu queira mudar me completamente, eu só preciso evoluir. Deixar os meus medos em baixo da cama, e a minha ingenuidade precisa de férias. Preciso estar em contato com mais frequencia com algumas pessoas. Preciso descobrir quem elas realmente são. Mas para isso preciso saber quem eu realmente sou. O que quero ? Para onde vou? Não sei. Eu só preciso de companhia. E um velho amigo, chamado tempo. Tempo eu preciso passar alguns dias com você. Eu preciso de você para me olhar no espelho e sorrir. Eu preciso de você para olhar minha alma. Eu preciso de você para esquecer meus planos, e anotar meus sonhos. Eu preciso de você para descobrir do que realmente preciso. Preciso de tempo. Mas do que tudo. Preciso. Preciso de mim, não necessariamente inteira, ou feliz, mas precisamente em alerta - isso me mata. Nunca enganada.

sexta-feira, novembro 26, 2010

Me and myself.




Há tanta palavra solta. Tantos pensamentos vagos. Tantos sonhos perfeitos e impossíveis. Há tanta coisa que eu queria dizer, mas não sei como. Há tantos textos começados, sem um fim apropriado. Há tantos momentos que eu queria viver.Há tantos medos que eu queria me abster. São tantas histórias pra contar, e ficções que gostaria que fosse minha própria realidade. São textos sem títulos, são lágrimas sem porque, mas que precisam molhar meu rosto. São tantas as coisas que eu gostaria de fazer, é tanto sentimento pra uma pessoa só. São tantas incertezas e indecisões. São tantas opiniões. Mas ninguém se importa com nada que eu sinto. Todo mundo parece ocupado demais. E eu venho me cansando de fantasias, de acreditar que algum dia eu vou ter uma vida como um filme, e que no fim vai dar tudo certo. O fim nunca parece chegar, não para as coisas ruins. Às vezes eu me sinto só, e fraca. Mas eu preciso ser forte o bastante pra lutar, pra enfrentar, pra chegar onde eu quero. Eu não posso ficar parada e deixar que me afetem sem fazer nada. Não posso deixar que o afastem de mim, não posso deixar que meu mundo caia sobre mim, não posso deixar que me machuquem mais. São tantas as pedras sujas com o meu sangue. Eu não tenho forças suficientes. Preciso de forças. Preciso de um abraço. Preciso de alguém. Mas não há ninguém que eu possa dizer coisa alguma. Porque os buracos do meu peito são feitos afim de me distanciar de alguém. Eu sei. Ninguém precisa me dizer. Infelizmente, não há ninguém que possa me ajudar. Não me importo de ter que enfrentar sozinha. Eu só clamo por algumas forças extras. São tantas as noites molhadas e em claro. Não me importo em não dizer nada a ninguém. Eu só preciso de um ombro amigo. Alguém que não se importe em saber coisa alguma, alguém que só queira me ter por perto.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Correr..


Sabe, às vezes dá aquela vontade de correr. Correr pra longe, onde ninguém te encontrará. Onde seus medos não terão mais poder sobre você. Correr pra um lugar diferente daqui, onde você não vai precisar se preocupar com nada. Ninguém vai te cobrar nada. Talvez, eu esteja precisando de momentos, ou somente um momento. Eu preciso pensar, preciso me olhar no espelho, preciso cantar sozinha, preciso de um momento comigo mesmo. Talvez, eu precise descansar a mente, e deixar que o relógio corra sem preocupação.Precise de um momento meu. Preciso ler. Ler o que me dá prazer, e ter inspiração pra escrever. Sinto que venho me esgotando a cada dia, como se meus pensamentos e ideias não estivessem mais aqui.Algumas vezes, acredito que sou incapaz. Essa vontade de escrever sobre tudo, em qualquer lugar, não é normal. Não há ninguém - pelo menos que eu conheça- que faça isso, muito pelo contrário, parecem correr de palavras. Então, eu sinto vontade de me esconder. Sinto que esse é um mundo muito grande pra mim. E o que me mata, é ter de fazer escolhas. A vida é movida por escolhas, isso me perturba, principalmente quando todas as possibilidades parecem ser boas. Pelo menos no momento. Por que tudo tem que ser tão complicado? Admiro algumas pessoas. Aquelas que não sentem medos, e acabam por agir sem pensar muito, mas no fim acabam por dar tudo certo. Tudo parece se ajeitar. Sorte? Talvez. Não consigo agir dessa forma. Em tudo tenho de ser cautelosa, e analisar. Odeio.No fim, acabo por não viver e aproveitar o tanto que deveria. A vida não é só a base de razão. Mas, eu sou cobrada. Frases como, "um errinho pode ser um fracasso perpétuo", me assustam. E não sei o que fazer. Hoje eu só precisava de um lugar diferente. Um momento diferente. Uma noite diferente. Eu só precisava relaxar. Tirar um peso das costas. Precisava de alguém pra conversar. Talvez se eu sumisse não seria tão ruim assim. Mas há pessoas que seguram a minha mão, e me fazem querer ficar.

sábado, novembro 20, 2010

Mentiras...


O que eu mais odeio depois de física e Chaves, são mentiras. Odeio. Todas elas, de todos os tipos. Odeio as grandes, e as insignificantes. Odeio os mentirosos. Odeio quem mente sobre idade, quem mente sobre onde esteve, ou onde vai estar. Odeio quem mente pra mãe e pra pai.Odeio quem mente sobre gostos, seja musicais, seja espirituais, seja materiais.Odeio quem mente sobre sentimento. Odeio quem se afoga nas próprias palavras. Odeio quem acha que sabe mentir, odeio quem sabe mentir. Odeio quem se glorifica por saber mentir, quem engana. Odeio quem fingi que não mente. Odeio quem diz que ama, mas não ama. Quem diz que ama, mas no fundo é só interesse. Odeio quem nega sua identidade, para conseguir o que quer. Odeio quem não sabe o que é verdade. Odeio quem mente pra si mesmo. Odeio quem mente sobre as horas, ou sobre o tempo. Odeio quem elogia, mas quando eu viro as costas ri das punhaladas e pisa no meu sangue. Odeio quem arranca lágrimas da minha alma, com mentiras idiotas. Odeio quem conta estórias, que idiota, perde tempo pensando em alguma coisa que realmente tenha fundamento. É claro, tem que parecer perfeito, ela não pode descobrir. Odeio. Odeio quem fingi ser amigo. Odeio quem mente sobre quanto ganha. Odeio quem não diz o que odeia por fingir ser outro alguém. Odeio quem mente que não chorou em um filme bobo, só pra manter a pose. Odeio quem fingi que o sapato não está apertando por querer manter o status. Odeio quem não olha nos olhos durante uma simples conversa.Odeio quem fingi chorar, pra comover. Odeio quem seduz, e não conquista. Odeio quem fingi que ama estar junto de outra pessoa. Odeio quem trai. Odeio quem engana. Odeio o homem que desperta o amor de uma mulher sem a intenção de amá-la. Odeio quem se acha superior. Odeio quem fala mal dos outros. Quem mente que seu vestido tá bom, só pra chamar mais atenção do que você. Odeio. Odeio. Odeio. Mentiras, fujam de mim. Não adianta, elas sempre vão estar por perto. Nas coisas grandes e pequenas.No sofá da sua sala, ou te observando enquanto dorme.Na esquina da sua escola, ou caminhando ao seu lado. Nas pessoas, ou em você. E se algum dia souber, sinceramente, me responda: o que se ganha com isso?

sexta-feira, novembro 19, 2010

É que algumas vezes...


Eu só preciso escrever, não sei exatamente sobre o que, mas preciso. Os meus pensamentos ficam vagando na minha cabeça. Há tanta coisa que eu queria dizer, mas não posso. Não há som algum na minha voz, e tudo fica aqui dentro. Às vezes, gostaria de ser diferente, de ter alguns hábitos diferentes, de tentar não pensar em certas coisas, e de não escrever tudo, toda hora, em qualquer lugar. Talvez, se eu fosse outro alguém as coisas poderiam mudar. Pra melhor, ou não. Gostaria de poder gritar certas coisas para o mundo, de fazê-lo entender o que eu entendo, de fazê-lo ver o que eu sinto, e aceitar o que eu quero. Mas, eu sinto medo. Medo de não saber realmente o que quero, de tudo fugir do meu controle, de não saber o que fazer, de me sentir sozinha.Gostaria de não ter medo algum, como se acreditar que tudo vai ficar bem, que no fim tudo vai dar certo, que eu nunca vou me sentir perdida, bastasse. Que sempre vai estar comigo. E se nada disso acontecer? E se não houver permissão para as coisas se acertarem? E se eu tomar um atalho nesse caminho e ir à uma direção contrária? E se não houver tempo de voltar? E se nunca nada do que sonho acontecer? Eu tenho medo. Muitos medos, e eu os odeio.Odeio mesmo. De qualquer forma, eu quero viver intensamente o dia. E tentar acreditar que amanhã vai estar tudo no lugar. Eu só quero sorrir um pouquinho, e esquecer deles. Só hoje.
Também gostaria que a vida me desse oportunidades, de passar tudo à limpo. Algum dia eu aprenderia a tocar violão, e dançar ballet.  Iria aos Estados Unidos, só pra sentir o gosto daqueles cafés que todo filme americano tem. Aprenderia chinês, seria legal xingar quando estivesse com raiva,e minha mãe não entender. Voaria de avião pra tirar uma foto das nuvens. Aprenderia a cantar. Gostaria de ir à Inglaterra pra só usar casacos e boinas. Correria até uma praia, pra me despedir do sol. Aprenderia a escrever coisas que realmente interessariam as pessoas. E que soubesse como escrever pouco. Treinaria pra saber o que dizer quando ele chega.Passaria uma noite toda olhando as estrelas. Descobriria o que quero fazer de faculdade. Me deliciaria lendo livros enormes e interessantes, durante as férias. Se não tivesse mais nada pra fazer. Publicaria meu livro, mesmo sabendo que ninguém compraria. Eu compraria. Faria teatro,por diversão. Aprenderia a gostar de ler sobre economia.Não me apaixonaria por sapatos tão facilmente. Gostaria de saber como passar esmalte, e como me vestir de acordo com a moda.Amaria saber como arrumar meu cabelo de um jeito legal, e diferente. Talvez, algum dia eu não me preocupasse tanto com o futuro. Porque, quem sabe, qualquer momento, eu possa entender, que talvez isso não seria tão ruim assim. Talvez, um dia, eu possa desenhar um futuro pra mim. Fazer o que eu realmente quero, sem ter medo de nada. E quando percebesse, eu fora feliz. Muito feliz, a garota mais feliz do mundo.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Não encontrei uma palavra sequer.


Valentine- Kina Grannis

Love, it´s a special day
We should celebrate and appreciate
That you and me found something pretty,neat
And I know some say this date is abritrary 

But it's a good excuse to put our love to use
Baby, I know what do, baby I'll love you
I'll love you, I'll love you.

Love, I don't need those things
I don´t need no ring
I don't need anything
But you with me, 'cause in your company
I feel happy, oh, so happy and complete

But it's a good excuse to put our love to use
Baby, I know what do, baby I'll love you
I'll love you, I'll love you

So, won't you be my honey bee
Giving me kisses all the time
Be my, be my valentine

So, won't you be my honey bee
Giving sweet kisses all the time
Be mine, be my valentine.

Obs: Eu tentei escrever alguma coisa hoje. Sem sucesso.

quarta-feira, novembro 17, 2010

End of afternoon ?

End of afternoon? Why? Talvez, ninguém saiba porque eu escolhi esse nome-idiota- pro blog. É porque não há ninguém que leia os meus pensamentos - há exceções-, e saiba dos meus sonhos. De alguma forma, as melhores horas do dia, pelo menos pra mim, são as últimas. Quando o sol se despede, e convida a lua pra nos acompanhar. Não gosto muito de noite, prefiro a mistura de cores do sol. Porque o dia pode melhorar em um fim de tarde, depois de uma típica correria. Um abraço durante o pôr do sol, pode trazer a melhor sensação de segurança. Um olhar meigo, seguido de um beijo doce. Uma caminhada de mãos dadas, em uma praia qualquer.Você pode ver o sol indo, e sentir a brisa no seu rosto. Você pode estar acompanhada, ou não. Talvez, você precise refletir, e essa seja a melhor hora para pensar. Você pode sonhar. Acreditar que no próximo dia, tudo pode mudar. Porque o dia pode te amanhecer chuvoso e nublado, mas ele pode mudar.Talvez, no fim da tarde, o céu esteja azul, e o seu dia mais colorido do que nunca.Há tantas coisas que um fim de tarde pode trazer, modificar. E se você se sentir sozinha, clame por uma chuva num fim de tarde. O céu te presenteará com um lindo arco-íris. Você pode correr até ele. Escolher uma cor para acabar de pintar seu dia. Quem sabe, não encontre o que você mais precise, depois de chegar ao fim. Você só precisa acreditar. E eu acredito. Acredito que um fim de tarde, é a melhor parte que o dia possa ter. E que amanhã, será mais bonito do que hoje. Será melhor. Porque tudo pode mudar.  

segunda-feira, novembro 15, 2010

E a vida recomeçou.Até agora, nem tudo.

Ah, é bom estar de volta. Eu já tinha me esquecido o significado da palavra viajar.É bom pegar a estrada, observar cada folha verde que te cumprimenta, e acaba ficando pra trás, que contrasta com o céu azul, e o MP3, toca sua música predileta. A sensação de que nunca vai chegar, e se chegar como vai ser? O fato de cair no sono, e quando acorda a impressão de que ainda está no mesmo lugar.Mas, de repente, quando você menos espera, num passe de mágica, já chegou. A cidade sorri pra você, enquanto você abraça as pessoas que ama. A partir desse momento, o tempo corre contra você, e a você tenta aproveitar cada segundo. É incrível conhecer lugares novos, respirar um ar desconhecido, se sentir em casa.É bom sair pra conhecer a cidade, é tudo diferente, mas você consegue encontrar seu sorvete preferido, em meio aquela multidão de sensações boas, mas que você desconhece. Mas, há uma coisa que você deixou pra trás, mas que te acompanha. Há pessoas que ficaram aqui. Que você não pode levar, mas que está no seu pensamento, na sua pulsação, em cada sorriso, em cada olhar, em cada silêncio. Mesmo não estando na sua cama, você está com seu travesseiro,com seu cobertor, e com os mesmos sonhos surreais e perfeitos. São aquelas pessoas - ou aquela pessoa, se preferir- que faria cada momento melhor, que te acompanharia, quando se sentisse sozinha, em meio a casais e crianças correndo. Que te abraçaria se sentisse frio. Que tornaria perfeito cada lugar que você vê, fazendo da cena um cenário incrível para uma fotografia sem propósito algum. Mas, você não pode levá-las. Elas só acompanham seus pensamentos e sonhos. E você fica imaginando - feito idiota- como seria se elas pudessem estar lá. De qualquer modo, ninguém te limita de sonhar.
Apesar disso, viajar é divertido. Até a hora de voltar. Você é obrigada a dizer adeus. Abraçar forte, e segurar uma lágrima que teima a molhar os olhos e distorcer a visão. Promessas de estarmos juntos de novo daqui há alguns meses, não adiantam de nada, o gosto amargo na boca, tornam o momento mais chato, e triste. Eu, particularmente, odeio despedidas. Independente de quais, todas, aquelas que você sabe que são pra sempre, costumam serem mais doloridas, aquelas que você sabe que são por tempo indeterminado, aquelas que duram até o próximo mês ou ano, aquelas em que duram só uma noite, mas mesmo assim doem. Todas machucam, martelam o coração, a saudade não se importa de nos acompanhar. E fazer questão de nos informar que veio pra ficar. Então, você volta, e seu quarto se encontra intacto, como você o deixou. A mochila te esperando, o dever te chamando, a escola te aguardando, enquanto o vestibular volta a te assombrar. Bem vinda a vida. Ela recomeçou. Droga. Mas, a pior parte, é quando nem tudo volta ao mesmo tempo. Há pessoas que não estão te esperando no portão de casa, onde você amaria que estivesse. Você não pode abraça-las e dizer o quanto fizeram- fez- falta.Não pode. Elas estão te esperando em um portão nostálgico, que te convidam a entrar em algum lugar chamado saudade. Pelo menos até o próximo dia. Você, pelo menos espera.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Sem título, sem palavras.

Odeio ter que aceitar o fato de ficar velha. Não pelo fato -tenebroso- de saber que daqui a alguns anos, meus cabelos não estarão com a mesma cor que estão nesse exato momento, e meu rosto não estará assim. Mas odeio pelo fato de saber que crescimento, e envelhecimento, são diretamente proporcionais à responsabilidades.E que o mundo cobra de você. E você mais do que nunca tem de estar apto, e aceitar essa cobrança. Porque seus pais querem que você passe no vestibular, que você arrume um bom emprego, que estude. E se você não quiser fazer nada disso? E se você não quiser se preocupar com nada? Você é um fracassado. Um acomodado. Dependente. Você é mal visto, na sociedade. Mas e se a vida não se resumir só nisso? E se a gente estiver aqui pra outras coisas? E se tudo que você faz hoje, for em vão?Se o mundo acabar amanhã? O que você leva da vida? Nada. Você só correu atrás do futuro, e esqueceu de levar o mais importante.O presente. Mas, quando percebe, está atrasada. Chegou tarde de mais. O trem já partiu, e não esperou por você. A vida passou, e você não aproveitou nada. Você não cantou aquela música, que você ama, mil vezes, porque tinha prova de matemática no outro dia. Você não foi ver seus avós na semana passada, porque tinha trabalhos pra fazer. Não foi ao cinema, porque tinha combinado de ir estudar, pro vestibular. Não parou pra comer durante um tempo de  quatro horas, porque julgava precioso cada segundo daquela tarde, o tempo não para, nem você, nem a prova espera. E você não foi viajar, porque tudo o que importava era estar pronta pra responder aquelas questões, que garantiam um conhecimento a mais. Mas, de que adianta no fim, o trem acaba indo. E você ficando.
Por isso, o fato de crescer me perturba, porque sinto que minha vida está indo, as minhas responsabilidades aumentando. Sinto medo. De ser uma fracassada. Mas, eu só quero aproveitar cada segundo, e poder embarcar neste trem. Feliz. Qual o problema disso? Eu sinto muito. Não há nada que eu possa fazer.Exceto, ser dependente, da vida. Do estudo. Do futuro, misterioso, e assombrado.
Fui. O dever me chama. (=

quinta-feira, novembro 11, 2010

O último piscar de olhos.

Ela não acordou naquela manhã. Não abriu os olhos. O sol brilhava lá fora, e ela permanecia na escuridão aqui dentro. O ar já não importava mais, nada importava mais. Finalmente, e infelizmente tudo havia acabado. Pra ela. Ninguém sentiu falta, ou percebeu a sua ausência. O mundo continuava girando, e ela não fazia diferença. Ninguém percebeu que naquela manhã, ela não passou pela mesma esquina, pela mesma rua, pelas mesmas pessoas. Por ele. Ninguém percebeu, exceto ele.
Ele não a conhecia, só precisava dela, de vê-la todas as manhas, indo no mesmo caminho, e olhando para a mesma direção. Para ele. Não sabia quem ela era, o que fazia, ou o que pretendia fazer. Se era uma louca, ou obsessiva. Não ligava se as roupas que ela usava estavam na moda ou não, se as outras mulheres a achavam brega e cafona. Não se importava se ganhava bem, se era uma pessoa de boas qualidades, ou que se importava com o futuro. Ele só sentia a falta dela. Precisava vê-la todas as manhas. Não importava mais nada. Porque aqueles segundos que ele a contemplava eram os melhores, e mais eternos. Ele nunca havia visto tamanha beleza.
Ele adorava ver a diversidade com que ela arrumava os cabelos, e gostava de sentir o perfume matinal que só ela tinha, e só ele sentia. Mas, ela não gostava de perfumes. Ele adorava admirar os traços do rosto, eram os mais delicados e perfeitos. Ele gostava de sentir o vento da manhã no seu rosto, enquanto acarinhava a face dela ao mesmo tempo. Ele se sentia ligado à ela, de alguma maneira. Ele não sabia quantos segundos ele a apreciava , mas ele conseguia guardar cada momento, cada passo que ela dava. Ela andava de maneira segura, mas cautelosa. Ele gostava de olhar nos olhos dela, de certa forma ele se sentia seguro.
E naquela manhã, como todas as outras, ele a esperava. Ele não tinha relógio. E ela não apareceu. Talvez tivesse se atrasado, ou mudado de caminho. Ela o conhecia? Não, mas ela também precisava dele. Ele era a unica coisa que a fazia sorrir depois de passar por aquela rua, ele era a unica coisa que ela gostava na sua vida turbulenta e solitária. Era ele que ocupava todos os pensamentos dela, sempre na mesma posição, e com o mesmo olhar acolhedor e lindo que só ele tinha. Era ele que a inspirava para escrever textos enormes que ninguém queria ler. Ele.
Mas, ele esperou. O dia todo.Todos os dias. Ela não veio. Nunca mais. Ele não se cansou. Ele esperou. Não a procurou. Sabia que não a encontraria. Não aqui, nem naquela esquina, e nem na outra. Ela não o pertencia. Engano dele, ela era dele. Só dele. Mas, ela não teve tempo de dizer nada, ela só o contemplou, de longe alguns segundos, todos os dias. Ela não pode se despedir. Nem ele. Foi um último olhar. O último piscar de olhos,  que realmente importou, para os dois. Depois, nada mais fez sentido. Tudo acabou. Para os dois.

quarta-feira, novembro 10, 2010

É, finalmente um blog.




Há algum tempinho venho pensando em fazer um blog. Por mais que pareça idiota, sim, eu tenho um diário. Porém quero deixar claro que isso não vai ser o meu diário. É que por uma razão, que eu não sei qual e porque, eu sinto necessidade de escrever. Quando me estressam, ou fico estressada sem saber porque, quando me sinto feliz ou triste, quando tenho vontade de gritar, e ninguém quer me ouvir, quando me sinto só, quando tudo parece estar acabado, quando penso em alguém especial, quando quero fazer certas coisas e não posso, quando imagino momentos impossíveis, quando não tenho nada pra escrever, ou pra fazer, quando ninguém parece me entender, ou não quero entender ninguém, quando gritam coisas que eu não quero ouvir, quando não há ninguém pra dizer o que realmente preciso ouvir. Como pode ver, escrevo sempre que tenho necessidade, quase toda hora, tá toda hora não, mas sempre.Por esse motivo, minha agenda estava ficando cheia de folhas soltas, sem significado -para as pessoas- e achei que estava na hora de criar um blog. Não me importo se ninguém souber que ele existe, ou se vão gostar do que escrevo. É algo que eu preciso, gosto e me faz bem. Então não me importo em satisfazer alguém. Desculpa, esta sou eu. Infelizmente.
 Beeijinhos.