Pode ser o céu, ou talvez só o tempo. Pode ser a prova, ou as quatro horas que fitei milhões de palavras, e quase arranquei meus cabelos. Pode ser a bronca que recebi como resposta ao meu bom-dia.Pode ser o café, ou a barra de cereal, pode ser a interminável tarefa, pode ser a preocupação. Pode ser a música, ou a voz do cantor. Pode ser a beleza da garota do clip, com o belo par de óculos, e olhos azuis, com nariz definido e cabelo mais do que liso, que me passa a estranha sensação de que estão cheirosos. Pode ser a inércia da minha vida, pode ser a roupa, as vozes, as minhas obrigações. Pode ser esta cidade. Pode ser o cheiro, ou o que tem mistura pro jantar. Pode ser meu celular, ou sei lá o que.Pode ser esse sermão.Pode ser a crítica em tudo que faço, e que acaba me fazendo triste, e me envergonha, tentando mudar meu jeito de ser. Pode ser tanta coisa, e pode ser nada. Eu só acordei assim, e meu dia terrível, contribuiu para o sumiço da minha voz. Enterrada no fundo do peito, ou estampada entre os lábios, mas que não sai. Fica aqui, ou lá. Muda. E eu não sinto falta, não mesmo. Eu só não quero me olhar no espelho. Cansei de ficar vendo meus defeitos. Deixe-os aqui. E só me restam, minúsculos dias, não tem como fugir do que me aguarda. Não estou afim de outro sermão às seis da manhã. O fato é, estou cansada de sempre a mesma coisa. E então querida vida, pegue me nas mãos, sujas, e grandes. Sou um fantoche do meu destino. Rendo-me, estou aqui, abraçada aos joelhos, e segurando lágrimas.Fingindo esse sorrisos, e irradiando felicidade fajuta.
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Olá.
ResponderExcluirTextos como os seus me inspiram a escrever também e a pensar na vida. Adoro.
Beijos
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