Já parei pra pensar, e pensei até adormecer.Já analisei os fatos, e todas as circunstâncias, até meu estômago embrulhar, e eu sentir meu cérebro rodar. Já pensei e tentei não pensar. Já imaginei algo melhor, e tive medo de estar errada.Cruzei os dedos sussurrei, com um fio de voz, clamando pelo melhor. Ele sempre chega atrasado, ou será que nunca vem mesmo? Deve ser a tão esperada esperança, que causa a dúvida cruel. Como diria minha querida e idolatrada Clarice Lispector "esperar dói,esquecer dói.Mas não saber se deve esperar ou esquecer, é a pior das dores". Tudo verdade. Eu adoraria poder dizer o contrário, e jurar de pés juntos que ela está completamente errada. Mas, não está. Nenhum pouco.E isso dói sim, dói e a dor acaba se anestesiando. Os fatos já acontecem, e nem me surpreendem mais. Sim, eu já me acostumei com a falta de força, e falta de crença em ambos os nossos seres.E por mais que eu pensasse que não, essa pequena força pode mudar muita coisa. Ao menos em mim, me daria mais coragem, e mais fé. Já cantei para esquecer, até que a letra me lembrar outra vez, e então o pequeno latejar iniciava em alguma parte em mim. Fechava os olhos, e então escorria-se a tristeza. Já tentei ocupar o cérebro, em vão. Já tentei escrever uma ficção que mais uma vez, adoraria que fosse minha dura realidade. Já reli meu passado que eu mesma relatei,com uma pontinha de saudade, mas não o suficiente para querer voltar. Já revi fotos, e os meus registros. Quem diria, não? Ninguém imaginava, nem eu. Que diferença faz? O fato é que não há como retroceder, e eu não quero. Isso ao mesmo tempo que é a melhor das situações, que é o melhor que poderia acontecer comigo em todo o planeta, a melhor e mais bela estrela do universo cosmológico, o melhor que eu poderia imaginar, é o que me martiriza, que lateja, pelo improvável, pelo que me prezam e me profeciam. Então, a escuridão baila pelos meus olhos, e eu penso, penso, até adormecer. E é nesse meio tempo, que os meus sonhos aparecem. Noite passada, tive um sonho bom, ótimo até que a luz do meu quarto acendeu, e eu tive que a contemplar, diretamente, e responder, mesmo que sem humor algum, seu bom dia melancólico. De qualquer forma, como diria Machado de Assis, em todos os casos "preferi dormir, que é um modo interino de morrer".
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Visualizar o personagem, cada detalhe, cada pensamento, olhar de tristeza/desespero, me faz sentir um amor muito grande em relação às palavras, às entrelinhas, ao sentimento derramado. Belíssimo post! Parabéns!
ResponderExcluirAbraços!
Oiie!
ResponderExcluirDesculpa a demora pra responder.. to correndo com provas e trabalhos da facul, aí o tempo fica pequeno..
Nossa, como eu amei seu texto, muito muito bom.. me identifiquei super com ele!
beijo grande!